Muitas marcas acreditam que estar no Instagram é o suficiente para marcar presença online, mas esquecem que o site próprio ainda é o centro da estratégia digital.
Já virou quase um mantra moderno: “Se está no Instagram, está tudo certo”. A frase soa bonita, parece atual, passa a ideia de agilidade e conexão com o público. Mas por trás dessa sensação de presença digital plena, tem uma realidade silenciosa que pouca gente fala: depender só do Instagram é como vender em uma loja sem alvará, sem escritura e com horário controlado por terceiros.
O Instagram, sem dúvida, é uma ferramenta poderosa. Ele aproxima, mostra bastidores, permite interação em tempo real, cria comunidade e ainda deixa tudo visualmente atraente. Para muita gente, parece a solução completa. Mas aqui vai o choque de realidade: ter apenas o Instagram é como ter um outdoor sem endereço fixo. Bonito, chamativo, mas impossível de encontrar se alguém procurar no Google.
E esse é o primeiro ponto. Quem pesquisa “empresa de bolos em Curitiba”, “consultoria contábil para MEI”, “dentista em Moema” ou qualquer outra coisa, não vai encontrar sua empresa se ela só estiver no Instagram. O Google não é muito amigo das redes sociais nesse sentido. O conteúdo do Instagram não é indexado da mesma forma que um site é. Ou seja: você pode postar todo dia, criar stories, fazer reels virais, mas no final das contas, sua marca continua invisível para quem busca soluções diretamente no Google.
Além disso, as redes sociais são, na prática, terreno alugado. O perfil é seu, mas não é seu. O conteúdo é seu, mas não é seu. Basta uma mudança nas diretrizes, um erro no login ou até mesmo uma denúncia equivocada para sua conta desaparecer ou ser bloqueada. E aí, junto com a conta, vai embora toda a autoridade construída, os contatos acumulados, os posts salvos, os destaques, os comentários e até os links nos stories. Tudo. Do dia pra noite.
Com um site próprio, a história muda. A marca passa a ter uma casa digital de verdade, com domínio próprio, controle total sobre o conteúdo, liberdade para ranquear no Google, ter um blog, configurar formulários, integrar com o WhatsApp, com o CRM, com o e-mail marketing… É um mundo inteiro de possibilidades que o Instagram, sozinho, não oferece.
E mais: o site não compete com outros conteúdos a cada deslizada de dedo. Ele é o ponto de atenção. Quando o usuário entra, ele está ali — concentrado, navegando, explorando. É nesse momento que a confiança é construída. E confiança é o que faz o lead virar cliente. Não é o filtro bonitinho, nem a dancinha da semana.
O que muitas empresas não percebem é que o Instagram é ótimo para levar pessoas até o site — e não para substituir o site. O perfil social pode funcionar como vitrine, chamariz, meio de contato rápido. Mas o coração da estratégia digital ainda bate mesmo é no domínio próprio.
Além disso, com um site bem construído, dá pra entender muito mais sobre o público: de onde vem, o que busca, quanto tempo navega, em que clica, onde abandona a jornada. Essas informações são valiosas demais para serem deixadas de lado. E não, o Instagram não entrega esse tipo de profundidade analítica.
Ou seja, a empresa que escolhe abrir mão do site está, na prática, abrindo mão de controle, dados, autoridade e ranqueamento. Tudo isso por acreditar que “já está no Insta, tá tudo certo”.
Mas será que tá mesmo?
O site é o que o Google vê
Quando alguém digita uma dúvida, uma dor ou uma busca específica no Google, o que aparece ali nos resultados não são os perfis do Instagram. São páginas de sites, artigos de blog, portfólios, landing pages, e-commerces. É ali que a batalha da atenção começa — e quem não está nesse ringue, simplesmente não é lembrado.
Ter um site otimizado para SEO significa que a marca pode ser encontrada por quem nunca ouviu falar dela. E mais: por quem está exatamente procurando o que ela oferece. É o famoso “chegar na hora certa com a oferta certa”. O Instagram pode até ajudar no relacionamento, mas ele não substitui a busca orgânica que um site proporciona.
O jogo da autoridade digital
O que faz um negócio parecer mais confiável online? A resposta não envolve likes. Envolve estrutura. Um domínio próprio, um e-mail com final @nomedasuamarca.com.br, uma página de apresentação clara, um blog ativo, informações organizadas, prova social, política de privacidade, formulário de contato. Tudo isso junto constrói uma percepção de autoridade que nenhuma rede social sozinha consegue sustentar.
Agora pensa do outro lado: o cliente encontra a marca, mas ela só tem um @nomexx no Instagram. Sem telefone fixo, sem e-mail, sem informações completas, sem CNPJ visível. A insegurança bate. E a dúvida afasta mais do que a falta de interesse.
Instagram muda. O site é seu.
Em 2021, o Instagram tirou o alcance de muita gente do dia pra noite. Em 2022, mudou o foco para vídeos. Em 2023, passou a privilegiar conteúdos pagos. Em 2024, veio a febre dos reels com IA. O algoritmo muda como o clima em Curitiba. Agora, tente lembrar: quantas vezes o seu site sumiu da internet sem explicação?
Pois é.
O site pode até ter seus desafios técnicos, mas ele é seu. O conteúdo ali é seu. Os dados de acesso são seus. A forma como o visitante navega, interage, clica, volta — tudo isso pode ser monitorado e ajustado com total liberdade. Com o Instagram? Só resta rezar para o algoritmo colaborar.
Tráfego próprio ou tráfego emprestado?
Quem investe só no Instagram está vivendo de tráfego emprestado. O público não é da marca, é da plataforma. O alcance não depende do conteúdo, mas do humor do algoritmo. Os dados não são transparentes. E o contato com o público não é direto — tem sempre um filtro no meio.
Já quem tem um site pode usar estratégias para atrair tráfego próprio. Pode criar um blog com artigos bem posicionados no Google, pode otimizar páginas com SEO técnico, pode fazer campanhas de e-mail que levem direto para o domínio, pode usar o Instagram como isca — e transformar seguidores em visitantes reais e rastreáveis.
É sobre liberdade. E também sobre resultado.
Conteúdo que dura mais do que 24h
Stories somem. Reels perdem alcance. Posts são engolidos pelo feed. No Instagram, tudo tem prazo de validade. Já no site, o conteúdo é perene. Um bom artigo escrito há dois anos ainda pode trazer tráfego hoje. Uma página de produto bem indexada pode continuar gerando vendas por meses. O site trabalha por você mesmo quando você não está online.
E é por isso que ele é o centro da estratégia de conteúdo. Ele organiza tudo. Ele dá contexto. Ele conecta os pontos. Ele permite contar histórias, apresentar diferenciais, explorar palavras-chave, reforçar identidade visual. E ele é o único lugar onde nada se perde com o tempo.
E o e-mail? E o blog? E os dados?
Um site abre portas. Literalmente. Com ele, a marca pode ter um e-mail profissional, que transmite mais seriedade do que aquele Gmail com apelido da adolescência. Pode ter um blog com dicas, análises, bastidores, histórias — e com isso construir autoridade e ranquear em buscas estratégicas. Pode ter formulários inteligentes para captar leads, baixar materiais ricos, agendar reuniões. E o mais importante: pode ter acesso a dados reais sobre quem visita, de onde vem, o que acessa, quanto tempo fica.
Nada disso o Instagram entrega. Pelo menos não de forma profunda e personalizada.
O Instagram não é vilão — mas é coadjuvante
Esse não é um texto contra o Instagram. Muito pelo contrário. Ele é um canal valioso, acessível, direto, poderoso. Mas ele precisa estar no lugar certo da estratégia. E o lugar certo é: ser ponte para o site. Não o destino final.
O papel da rede social é atrair, engajar, gerar reconhecimento. Mas o papel de educar, apresentar soluções completas, ranquear no Google, gerar conversão — tudo isso é função do site. Quando essa hierarquia se inverte, o marketing digital fica frágil. E aí, qualquer mudança de algoritmo vira um terremoto.
Controle é tudo
Uma empresa que controla seus próprios canais digitais tem poder. Pode atualizar páginas quando quiser. Pode mudar a estratégia sem pedir permissão. Pode integrar sistemas, automatizar processos, testar abordagens, gerar relatórios completos. É autonomia de verdade. E ela só vem com um domínio próprio, um bom design, conteúdo de qualidade e estratégia de SEO.
Depender exclusivamente do Instagram é andar com as mãos atadas. Pode funcionar por um tempo, mas não é sustentável.
Quando o Instagram derruba, quem te levanta?
A realidade é dura: perfis são suspensos. Acessos são bloqueados. Mudanças na plataforma acontecem sem aviso. E quando o Instagram derruba, quem não tem site fica no escuro.
Empresas sérias, que pensam a longo prazo, que querem escalar, que se preocupam com branding, que desejam ter previsibilidade — todas elas apostam em canais próprios, onde têm controle, segurança, estabilidade e presença constante. E isso só acontece quando o site entra na jogada.
O dia em que o Instagram caiu (e o site salvou)
3 de outubro de 2021. Uma segunda-feira aparentemente comum, até que… Instagram, WhatsApp e Facebook saíram do ar. Por mais de seis horas, ninguém conseguia enviar uma mensagem, postar uma foto ou responder um cliente.
Para quem usa essas plataformas de forma pessoal, o impacto foi mais no entretenimento. Mas para muitos negócios que dependem exclusivamente das redes sociais, o colapso foi assustador. Restaurantes deixaram de receber pedidos. Lojas online pararam de atender clientes. Profissionais autônomos ficaram sem canal de contato. E todo mundo correu para… onde mesmo?
O Google.
Sim. A busca por termos como “site da loja tal”, “e-mail de contato”, “telefone do restaurante X” disparou. Só que nem todos estavam preparados. Muitos desses negócios não tinham site, ou, se tinham, era um endereço esquecido, desatualizado, mal otimizado. O pânico digital bateu — e muita gente perdeu vendas, reputação e credibilidade.
Enquanto isso, empresas com site bem estruturado continuaram funcionando. Tinham formulário de contato, tinham e-commerce próprio, tinham chat no próprio domínio, tinham SEO para serem encontradas, tinham conteúdo útil no blog. Essas empresas não ficaram reféns da instabilidade — elas mostraram profissionalismo em plena crise.
Esse episódio virou um alerta global: depender 100% de plataformas terceirizadas é como dirigir um carro alugado sem saber quando ele será recolhido. Pode parecer confortável, mas não é seguro.
E o melhor? Não foi um caso isolado. Desde então, o Instagram já enfrentou diversas quedas menores, mudanças de algoritmo, travamentos em atualizações e até revisões automáticas injustas que suspenderam perfis de empresas reais. Se o perfil de uma marca some do ar, o que sobra? Se a única presença online estava ali, o que os clientes encontram?
Essa é a diferença entre ter um plano de comunicação sólido ou viver na dependência do improviso digital.
Além disso, os sites com boa estrutura não servem só como “backup”. Eles funcionam como centro da inteligência digital da marca. É ali que mora a base de dados. É ali que o lead chega, onde o funil começa, onde a narrativa da marca é contada sem interrupções. O Instagram pode até atrair o olhar. Mas é o site que segura a atenção, aprofunda o relacionamento e transforma clique em confiança.
No fim das contas, o Instagram é como uma festa barulhenta: ótima pra conhecer gente, fazer networking, aparecer. Mas se alguém quiser realmente conversar com a marca, entender o que ela faz, avaliar os diferenciais, comprar com segurança — isso acontece na casa da empresa, que é o site.
Quem constrói só nas redes sociais, constrói em terreno alugado. Quem tem site, tem um imóvel digital. Que cresce, que pode ser reformado, expandido, valorizado. Que gera retorno, estabilidade e autoridade.